Série: BURNOUT E BURNON – ISSO PODE E VAI DERRUBAR VOCÊ- Episódio 1

31 de julho de 2024

Solange Crepaldi

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Já ouviu falar ou passou por isso?

O assunto que trago hoje é sobre os termos burnout e burnon, ambos relacionado à exaustão no trabalho.

Conheço pessoas muito próximas que deixaram seus trabalhos em cargos bastante importantes nas empresas, para poderem se salvar.

Chegaram a um nível tal de exaustão que realmente poderiam perder suas vidas.

Escutamos por aí frases como trabalhar até “estourar” ou se manter “queimando”. Estas são figuras de linguagem que se referem a dois termos usados para identificar uma relação nada saudável com o trabalho.

A tradução livre de burnout, significa “combustão completa”, que se caracteriza por um esgotamento físico e emocional resultante de situações de trabalho excessivamente estressantes e prolongadas.

Já o burnon, traduzido livremente como “queimar”, se refere a um estado de hiper engajamento no trabalho, em que a dedicação excessiva e a incapacidade de se desconectar das responsabilidades profissionais levam ao desgaste físico e mental.

Estas duas formas conhecidas como síndromes, resultam de um estresse crônico.

O psiquiatra Arthur Guerra, define Burnout como um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao estresse crônico no contexto profissional, que se manifestam como exaustão extrema, esgotamento físico, ansiedade, depressão, alteração de humor, negatividade e falta de interesse em realizar as atividades​.

Se você quer saber mais sobre o tema leia o post a seguir.

Somam-se a isso atitudes cínicas e distantes, sentimento de incompetência, dor de cabeça e alteração do apetite.

Os impactos no dia a dia tornam-se visíveis e a pessoa demonstra uma tristeza persistente, irritabilidade e uma preocupação excessiva. Há dificuldade em manter a concentração, foco e atenção.

A produtividade cai e a pessoa tende a se isolar.

No caso do Burnon o que se tem observado é uma dedicação excessiva ou obsessão pelo trabalho. Isso implica em rompimento de relações pessoais, das atividades de lazer e outras atividades que se fazia fora do ambiente de trabalho para se dedicar exclusivamente ao ambiente profissional.

A característica marcante de pessoas com essa síndrome é que elas se tornam obsessivas pelo trabalho, por mais que fazem e se dedicam, acham que não fizeram o suficiente.

Esse envolvimento intenso pelo trabalho e essa busca incessante por sucesso e realização profissional resultam na dificuldade de se estabelecer limites e se interessar por outras atividades que geram bem-estar físico e mental.

Quais são os impactos do burnon no dia a dia

  • Exaustão emocional crônica
  • Comprometimento cognitivo persistente
  • Funcionamento em “piloto automático” – realização de tarefas de forma automática, sem criatividade.
  • Sempre prioriza o trabalho em detrimento da saúde física e mental. 

A principal diferença entre burnout e burnon reside na causa e na manifestação do estresse.

O burnout é marcado por exaustão e desapego, resultando em baixa produtividade e desmotivação.

O burnon, por outro lado, é caracterizado por um excesso de zelo e envolvimento, levando a uma constante sobrecarga que também pode culminar em esgotamento. 

Leia mais no post sobre ansiedade, clique aqui.

No próximo post – episódio 2, vamos falar sobre o papel da empresa e como ela deve agir e no terceiro post – episódio 3, qual o papel do empregado e como se dá a prevenção.

Este texto foi baseado em várias leituras e discussões.

Vale a reflexão.

Até que ponto estamos realmente cumprindo nosso papel?

Abraços

Silvio e Solange

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